O empresário colombiano naturalizado brasileiro Carlos Amastha (PP),
eleito prefeito de Palmas, anunciou nesta segunda-feira (8)que abrirá
mão do salário de R$ 19 mil, que será doado a entidades sociais. "Não
preciso de recursos econômicos para os próximos quatro anos", afirmou.
Ele
já começou a transição de governo, em encontro com o prefeito Raul
Filho (PT). Para se dedicar totalmente ao cargo, Amastha, presidente do
Grupo Skipton, dono do Shopping Capim Dourado, em Palmas, vendeu o
empreendimento por R$ 180 milhões. Quando candidato, declarou possuir R$
11 milhões em cotas do shopping. "As pessoas confundem capital social e
cotas com o valor da empresa. Os ativos são bem maiores."
Trajetória
Amastha era o azarão no início da disputa, quando aparecia com 1% das
intenções de voto. Sua ascensão refletiu a habilidade em usar o horário
eleitoral para emplacar o discurso de que o morador de Palmas será
“atendido como cliente” pelos funcionários da prefeitura. Para isso,
prometeu implantar um esquema de metas e tarefas para premiar os
servidores por “meritocracia”.
Filho de um médico comunista, o portunhol carregado do colombiano
radicado no Brasil desde os 22 anos, hoje tem 51 (12 deles em Palmas), é
atacado pelos concorrentes, surpresos com o desempenho do candidato do
PP – em parte creditado à ex-equipe de publicidade que coordenou a
campanha vitoriosa do governador Siqueira Campos (PSDB-TO), em 2010.
O marketing emplacou um estilo de candidato do povo em Amastha, que
sempre aparece na televisão vestindo camisa xadrez – longe da imagem do
empresário milionário. Sem padrinhos políticos locais, a campanha do
colombiano recebeu a adesão de partidos sem candidatura própria na reta
final das eleições. Caso do PDT de Tocantins.
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